Um diagnóstico correcto pode melhor a vida de uma criança, no entanto o número de crianças medicadas por não conseguirem estar “sentadas e quietas” durante horas aumenta, ou seja, a medicação como forma de evitar comportamentos próprios das crianças. Vários estudos realizados nos EUA e no Reino Unida demonstram a eficácia das terapias a longo prazo face ao tratamento farmacológico, no entanto os (supostos) custos elevados da Psicoterapia tem um peso na decisão final de muitas famílias.
Por acreditar nas vantagens da Psicoterapia e nas consequências drásticas futuras na saúde física e psíquica derivadas dos tratamentos farmacológicos, procuro desenvolver protocolos com várias entidades parceiras, seguros de saúde, de forma a minimizar os custos para as famílias que acompanho. Os números mais recentes mostram que 11% das crianças norte-americanas em idade escolar foram diagnosticadas com PHDA. No entanto, a comunidade científica continua com a seguinte dúvida: existirá um efectivo aumento da PHDA na população mundial ou será uma tendência médica, a atribuição deste diagnóstico? Segundo os especialistas, a PHDA resulta de níveis incomuns de actividade química no cérebro dos pacientes, o que por sua vez afecta a capacidade de controlar os próprios impulsos, assim como o foco da atenção. Para o Dr. Thomas Frieden, director do Centro de Controle e Prevenção de Doenças nos EUA, “a medicação correta para o PHDA, para as pessoas certas, pode fazer uma grande diferença. No entanto, o uso incorrecto parece estar a crescer de uma forma alarmante.” Para além de existirem suspeitas de que os médicos diagnosticam cada vez mais drogas legais (por causa de acordos comerciais com a indústria farmacêutica), os pais parecem estar também a incentivar o diagnóstico da PHDA devido à pressão transmitida pelos professores pois “não pára quieto, nunca está atento…”. Medicamentos como a Ritalina ou Concerta são medicamento excepcionais para auxiliar à concentração, garantindo assim um estado de atenção excelente para aqueles que os usam, como tal alguns pais desejam “secretamente” o diagnóstico como uma atalho para melhorar as notas, ignorando que estas substâncias (tal como todos os medicamentos), quando usados inadequadamente podem afectar a saúde.
Como em tudo… o importante é encontrar o equilíbrio. Acredito num trabalho profundo, sem atalhos, focalizado no problema de forma a que este seja ultrapassável. E você? Fonte: NY Times, Sottnet