As crianças manifestam, na grande maioria dos casos e principalmente na 1ª infância, o seu mal-estar interno através de comportamentos “não habituais” devido à sua imaturidade psicológica, ou sejam revelam por exemplo a tristeza através do isolamento face aos pares e/ou com problemas de sono e/ou alimentação. Por outro lado, por possuírem essa imaturidade intelectual, as crianças ainda não apresentam a capacidade para associar a linguagem verbal aos seus sentimentos. De forma a aceder à criança, o Psicólogo Clínica recorre ao desenho e ao brincar como mediador, assim o brincar auxilia a expressão da linguagem.
Os principais motivos que levam os pais a procurar o auxílio de um Psicólogo Clínico são:
• Problemas relacionados com o sono (pesadelos, dificuldades em adormecer, medo de estar sozinho, sono agitado e com sobressaltos) e a alimentação (nega alimentar-se, come em excesso)
• Dificuldades no controlo dos esfíncteres (enurese, encoprese)
• Atraso de desenvolvimento ao nível da fala e da linguagem (atrasos ao nível do desenvolvimento, gaguez)
• Problemas no desenvolvimento da motricidade
• Problemas no desenvolvimento cognitivo, perturbações mentais
• Dificuldades de integração na escola ou de adaptação ao meio escolar
• Desinteresse escolar/ Dificuldades de aprendizagem e no Desempenho Escolar
• Investimento exagerado nos estudos, em detrimento de outras áreas da esfera pessoal, e familiar e social
• Irrequietude motora / Hiperactividade/ Dificuldades de atenção, concentração e memória
• Dificuldades de separação dos pais, com o divórcio, perda de familiares
• Queixas físicas – dor na barriga, cabeça, entre outros
• Violência física e/ou verbal (gritar, morder, bater, danificar objectos)
• Problemas de comportamento (agressividade ou passividade)
Quando realizo uma Psicoterapia Infantil, procuro compreender psicologicamente a criança, como ela se relaciona consigo própria e com o mundo. Numa primeira fase realizo uma primeira consulta com os pais, de forma a compreender o pedido da consulta e realizar a anamnese. De seguida, oiço a criança e efectuo um momento de avaliação (breve ou não consoante os casos), sendo que esta avaliação irá auxiliar na definição de uma proposta de intervenção, que poderá envolver (ou não) o início de uma psicoterapia.